O avô paterno do meu Bernardo Correia foi ferreiro e mestre na arte de trabalhar o ferro e o aço. No Carregal - Terra Natal de Aquilino Ribeiro - onde também nasceu e trabalhou uma vida inteira era conhecido por João Ferreiro. Contava a minha querida e saudosa mãe Filomena, amor da sua vida e com um casamento longo de mais de 50 anos, que no final dos anos 60 o meu pai deixou a sua arte porque ficou sem as pessoas que trabalhavam com ele por terem emigrado para França à procura de um futuro melhor e também porque começou a ter problemas nos olhos quando malhava e modelava o ferro numa bigorna como esta e que era aquecido recorrendo a uma forja em tamanho grande, que eu ainda cheguei a puxar nos dias de inverno quando o meu pai de vez em quando ainda utilizava para fazer pequenas coisas... Com os malhos ainda experimentei malhar o ferro!
Perguntei ao meu Bernardo o porquê de uma bigorna?
Disse-me que a escolha deste objeto que acabou de construir e modelar recorrendo ao Blender se deveu ao facto de querer treinar e modelar estruturas complexas.
O avô João estará seguramente feliz, contente e a sorrir por o seu neto Bernardo ter escolhido uma bigorna para modelar, mesmo que seja no Blender e não o ferro propriamente dito do qual também fazia obras de arte e outras mais simples.
O avô João estará seguramente feliz, contente e a sorrir por o seu neto Bernardo ter escolhido uma bigorna para modelar, mesmo que seja no Blender e não o ferro propriamente dito do qual também fazia obras de arte e outras mais simples.
Parabéns ao meu Bernardo pela bigorna, por mais um ano letivo exemplar e que venha o último do seu Mestrado.
Trabalho da bigorna em período de descompressão e pós exames.
Autor: Bernardo Correia.
Data: 19/07/2020
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