A missa de 7º Dia será no próximo sábado (14/12/2019) às
17h00 no Santuário de
Nossa Senhora da Lapa.
Em nome da família venho também por este meio agradecer a todas as pessoas
que se associaram a nós no último adeus à nossa mãe e avó Filomena e marcaram
presença nas suas cerimónias fúnebres, assim como, a todas as pessoas que por
diferentes formas e meios nos manifestaram pesar.
Na pessoa da Irmã Lídia, o nosso agradecimento particular à Reitoria do
Santuário da Lapa por tudo, pelo acolhimento da nossa mãe na Capela da Lapa
(Colégio da Lapa) para ser velada, ao Senhor Reitor Padre Amorim e ao Senhor
Vice-Reitor Cónego Joaquim Dionísio pelo terço rezado, às adoráveis Irmãs Lídia
e Jacinta pelo terço rezado, comentado e cantado na noite de velório e oração
da manhã e a tantas pessoas amigas da nossa mãe e da nossa família que connosco
velaram o seu corpo.
A todos os Senhores padres (Cónego Joaquim Dionísio, Pe. Amorim, Frei Emídio Morais, Pe. Aniceto Morgado, Pe. José Correia, Pe. Diogo Rodrigues) que rezaram e cantaram uma missa lindíssima no funeral da nossa mãe que foi presidida pelo nosso primo Frei Emídio Morais da Lapa, que uma vez mais nos encantou pela sua homilia e declamação do poema “Se Eu Morrer Antes de Você” de Vinícius de Moraes (em anexo) que dedicou à Tia Filomena.
Ao coro do Santuário da Lapa pelos cânticos, ao Pe. Diogo Rodrigues da Paróquia de Quintela da Lapa e ao nosso primo Pe. José Correia do Carregal por acompanharem o cortejo fúnebre do Santuário da Lapa para o Cemitério de Quintela da Lapa.
O nosso agradecimento a todas as pessoas que encheram o Santuário da Lapa e que nos acompanharam neste último adeus à nossa mãe e avó Filomena, que ouviram a neta Ana Filipa a cantar o salmo e também a leitura de um texto para a avó Filomena, o qual acabou por colocar junto ao seu corpo (falta em anexo). Porque eu também falo muito como a minha mãe e gosto de dar como ela fazia, eu quis dar-lhe e dedicar-lhe um texto e mensagem de adeus e luto que escrevi em pranto na noite em que nos deixou (em anexo e transcrito em baixo), mas imediatamente antes tive o imenso prazer de recitar um poema lindíssimo (em anexo) do primo Afonso Dias que escreveu para a prima Filomena.
Poema declamado pelo Frei Emídio Morais
na homilia da missa que presidiu no Funeral da Tia Filomena
Santuário da Lapa, 10 de dezembro de 2019
Vinde tempo e vento
A todos os Senhores padres (Cónego Joaquim Dionísio, Pe. Amorim, Frei Emídio Morais, Pe. Aniceto Morgado, Pe. José Correia, Pe. Diogo Rodrigues) que rezaram e cantaram uma missa lindíssima no funeral da nossa mãe que foi presidida pelo nosso primo Frei Emídio Morais da Lapa, que uma vez mais nos encantou pela sua homilia e declamação do poema “Se Eu Morrer Antes de Você” de Vinícius de Moraes (em anexo) que dedicou à Tia Filomena.
Ao coro do Santuário da Lapa pelos cânticos, ao Pe. Diogo Rodrigues da Paróquia de Quintela da Lapa e ao nosso primo Pe. José Correia do Carregal por acompanharem o cortejo fúnebre do Santuário da Lapa para o Cemitério de Quintela da Lapa.
O nosso agradecimento a todas as pessoas que encheram o Santuário da Lapa e que nos acompanharam neste último adeus à nossa mãe e avó Filomena, que ouviram a neta Ana Filipa a cantar o salmo e também a leitura de um texto para a avó Filomena, o qual acabou por colocar junto ao seu corpo (falta em anexo). Porque eu também falo muito como a minha mãe e gosto de dar como ela fazia, eu quis dar-lhe e dedicar-lhe um texto e mensagem de adeus e luto que escrevi em pranto na noite em que nos deixou (em anexo e transcrito em baixo), mas imediatamente antes tive o imenso prazer de recitar um poema lindíssimo (em anexo) do primo Afonso Dias que escreveu para a prima Filomena.
Se Eu Morrer Antes de Você (Vinícius de Moraes)
Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo.
Se não quiser chorar, não chore;
Se não conseguir chorar, não se preocupe;
Se tiver vontade de rir, ria;
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, Ouça e acrescente sua versão;
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me;
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri,
Mostre que eu tinha um pouco de santo,
Mas estava longe de ser o santo que me pintam;
Se me quiserem fazer um demônio,
Mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio,
Mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo...
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim,
Diga apenas uma frase:
-"Foi meu amigo, acreditou em mim
E sempre me quis por perto!"
Aí, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la,
Mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
Gostaria de dizer para você
Que viva como quem sabe que vai morrer um dia,
E que morra como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da Gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você,
Acho que não vou estranhar o céu.
"Ser seu amigo, já é um pedaço dele..."
Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo.
Se não quiser chorar, não chore;
Se não conseguir chorar, não se preocupe;
Se tiver vontade de rir, ria;
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, Ouça e acrescente sua versão;
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me;
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri,
Mostre que eu tinha um pouco de santo,
Mas estava longe de ser o santo que me pintam;
Se me quiserem fazer um demônio,
Mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio,
Mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo...
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim,
Diga apenas uma frase:
-"Foi meu amigo, acreditou em mim
E sempre me quis por perto!"
Aí, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la,
Mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
Gostaria de dizer para você
Que viva como quem sabe que vai morrer um dia,
E que morra como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da Gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você,
Acho que não vou estranhar o céu.
"Ser seu amigo, já é um pedaço dele..."
Poema declamado pelo Frei Emídio Morais
na homilia da missa que presidiu no Funeral da Tia Filomena
Santuário da Lapa, 10 de dezembro de 2019
Vinde tempo e vento
Vinde sentir o lamento
Que trespassa o ar
Não nos leves tudo
Que trespassa o ar
Não nos leves tudo
Deixa-nos ficar
O desassossego saudoso
Do seu falar
A ternura do saber dar
E o seu olhar carinhoso
O desassossego saudoso
Do seu falar
A ternura do saber dar
E o seu olhar carinhoso
E por entre a aragem
Que ficar
Paire sempre no ar
Teu cuidar silencioso
De mãe coragem
Que vem secar
Olhos marejados
Que de ti lembrados
Sempre por ti vão chorar
Que ficar
Paire sempre no ar
Teu cuidar silencioso
De mãe coragem
Que vem secar
Olhos marejados
Que de ti lembrados
Sempre por ti vão chorar
Afonso Dias
A minha mãe falava muito, tinha muito para contar, histórias de vida, umas alegres e em maior número e outras nem por isso, coisas da vida e vivências vividas… Pois bem, também eu admito que falo muito e herdei entre outras coisas boas isso da Senhora minha mãe.
Permitam-me partilhar aqui no último adeus à nossa querida mãe e avó uma pequena parte da sua história de vida.
Aqui ao lado, na casa mais próxima do Santuário da Lapa, num dia frio de janeiro do ano de 1969 a Filomena deu à luz e em casa o seu sexto filho de uma novena de filhos que teve com o nosso pai, conhecido na terra natal de Aquilino Ribeiro e nesta região por João Ferreiro. Aos meus pais agradeço-lhes muita coisa e em primeiro lugar o facto de me terem trazido ao mundo. Para ter o próximo filho (Carlitos) a nossa mãe teve que ir para o hospital de Sernancelhe, onde pela primeira vez esteve às portas da morte. Sem forças para cuidar do seu menino, uma Senhora da Sarzeda que viria a tornar-se sua amiga, sim, porque a nossa mãe tinha a faculdade de facilmente cultivar a amizade, acabou por lhe pegar no filho e amamenta-lo, uma vez que, tinha todo o leite do mundo porque tinha perdido o seu filho ao lado da minha mãe. Dos outros dois filhos que ainda teve em meio hospitalar (Xana e Nuno) também há muitas e boas histórias para contar, assim como, de todos os outros (Ter, Nelso, Zeca, Filénio e Mélita)… Felizmente e com muito trabalho, os nossos pais sempre tiveram uma casa onde do essencial nada faltava, dando a todos os filhos a hipótese de estudarem, chegando mesmo a terem seis deles a estudarem ao mesmo tempo com a nossa mãe ao leme da gestão da casa e das coisas dos filhos.
No dia da Senhora da Conceição, fui a duas missas em honra à Imaculada Conceição e pedi-lhe fervorosamente pela minha mãe. Ouvi o Padre da Paróquia da Pedrulha em Coimbra a dar uma bonita lição de história sobre a Senhora da Conceição, mas numa outra missa também o ouvi dizer que sendo padre há um ano e meio nunca ninguém o chamou para dar os sacramentos da extrema-unção. No dia da Imaculada Conceição e com a minha mãe às portas da morte, depois de no dia anterior lhe ter dado a comida à boca ao lanche e ao jantar, todos os mimos possíveis e ter-lhe mostrado uma fotografia da Senhora da Vida existente no Mosteiro de Lorvão que tinha fotografado nessa manhã a caminho de Viseu, voltei a assistir a mais uma missa na capela do hospital e uma vez mais pedi fervorosamente por ela… Depois, de um a um termos estado com a minha mãe na unidade de cuidados intensivos, fomos chamados pela última vez pelo médico de serviço para nos dar a triste notícia de que a minha mãe não estava a reagir aos tratamentos e estava a morrer, não do problema da vesícula à qual também acabou por ser operada mas de um famigerado tumor detetado apenas e só na última semana a que a minha mãe viria a chamar de “aquele cão” que me estava a morder…
À questão de sermos crentes e se a minha mãe também o era, respondemos que sim! Perguntou-nos ainda se pretendíamos que fosse chamado o capelão do hospital para dar os últimos sacramentos à minha mãe e também estar connosco. Eu respondi prontamente que sim, a minha mãe iria querer e bendita a hora em que o afirmei, pois, foi um anjo que caiu do céu para falar connosco e para nos levar a todos à cama onde a minha mãe estava a morrer aos poucos, para lhe ministrar os últimos sacramentos e rezarmos todos juntos e com ele pela nossa querida mãe... Eu sei que a minha mãe gostou bastante deste último momento que vivemos com ela, que morreu em paz e que é mais uma das nossas estrelinhas lá no céu… Descansa em paz e para todo o sempre, querida mãe!
Em nome de toda a família quero agradecer a vossa presença neste último adeus à nossa mãe e avó, um obrigado pelas muitas mensagens de condolências que nos têm enviado por diferentes meios e bem-haja a todos pela vossa amizade.
Lapa, 10 de dezembro de 2019
Arménio Correia"
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem acredita em mim, mesmo que morra viverá.” (JO 11,26)
Maria Filomena
Silva RodriguesQuem acredita em mim, mesmo que morra viverá.” (JO 11,26)
(86 anos) | Nascimento: 21/05/1933 | Falecimento: 08/12/2019
Amor incondicional, memórias eternas.
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