sábado, 14 de dezembro de 2019

Missa de 7.º Dia da nossa Filomena - Cheia de Graça

Hoje, a minha mãe voltou a ter a casa da sua mui querida e vizinha Senhora da Lapa cheia para a sua missa de 7º Dia e dessa forma também ser homenageada por tantas pessoas amigas, por aquilo que de tanto e de bom semeou e tratou em vida cá na terra. Semeou acima de tudo amizades reais para a vida e que depois da sua morte será seguramente lembrada para a posteridade como uma pessoa que em vida fez o bem sem olhar a quem!
Uma vez mais, o nosso bem-haja a todos aqueles que nos têm feito chegar as suas mensagens de pesar por diferentes formas e neste caso em particular às pessoas que se associaram a nós em mais este momento de fé e de acreditar que a nossa Filomena está lá no céu a olhar por cada um de nós (9 filhos, 16 netos, 4 bisnetos e todos os outros familiares) e também pelas muitas pessoas amigas e conhecidas que deixou cá na terra.
O nosso obrigado ao Senhor Reitor Pe. Amorim do Santuário de Nossa Senhora da Lapa pela missa e em particular pelas bonitas e reconfortantes palavras sobre a nossa mãe que proferiu na sua homilia. Ao Senhor Pe. Rui da Paróquia do Carregal por também ter marcado presença e ter concelebrado a santa missa. Um agradecimento especial ao meu cunhado Manuel Gonçalves por ter cantado brilhantemente o salmo e de quem tanto a minha mãe gostava de ouvir cantar nesta altura do ano nas Missas do Parto na Madeira à Virgem do Parto ou da Senhora do Ó. Por fim, o nosso muito obrigado à Dra Ana Nunes da Reitoria do Santuário da Lapa pela homenagem que fez no final da missa à Senhora nossa mãe e avó Filomena em forma de poema que transcrevo em baixo e que imprimiu nesta fotografia com o título “Retrato mãe. Beijos.” tirada pelo meu irmão Nuno Correia.

CHEIA DE GRAÇA!

Desce o terreiro vianinha e de sacola
Ajeita a guedelha, que teima o rosto lhe beijar
Acena ao mundo, sorriso franco, desperto
“Amanda” a salvação, com mais algo p’ra contar!

Provecta o olhar na torre e advinha
FILOMENA, por cuja graça era saudada
O som das badaladas replicadas
Chamadoiro da Vizinha… ABENÇOADA!

Nas histórias que conta ao descoberto
No terreiro descerrado, onde morava
Tem para todos aqueles, quantos enxerga,
Um presente, uma merenda, uma palavra.

De trato simples, generoso
Exemplo de inteireza e bem-querer
Esposa, Mãe, Conselheira…
Na plenitude, MULHER!

A pronto o terreiro despido
Da sua graça e encanto,
De não a ver… já não passa…
Suspira, sufoca o pranto!

E na árvore, mirando a estrela alva
Que no terreiro da Lapa, o advento faz brilhar
Lembra-nos o fulgor dela
Que de Natais, a Lapa, soube adornar!

Hoje, semeia sorrisos
Junto à Senhora da Lapa,
No céu, está feliz com MARIA,
FILOMENA e também, cheia de graça!
Ana Nunes
Lapa, 14/12/2019


Na cama do hospital a minha mãe falou como sempre, pois fazia parte do seu ser e estar na vida… Das últimas conversas que tive oportunidade de gravar com a minha querida mãe e que partilhei com a família, ela deixou-nos a seguinte mensagem:

“Beijinhos dos maiores - vão todos ao vosso coração… da MÃE!
(…) agora nem que até vá, tenho que ir... 
Eu depois peço por vós no céu como na terra.
A porta fica sempre aberta, a chave alguém a tem (…)”


É uma dor imensa aquela que sinto no meu coração, pois eu amava a minha mãe e felizmente tenho muito dela. Até sempre querida mãe, do teu Arménio com muitas saudades e um beijinho dos maiores!

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