quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Amendoeiras em Cidadelhe



Duarte o mês de Fevereiro e Março a região de Riba-Côa e Douro Internacional fica coberta com um manto branco e um aroma a mel inconfundível no ar.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A Lapa coberta de neve

Adeus ó serra da Lapa
Adeus que te vou deixar
Ó minha terra ó minha enxada
Não faço gosto em voltar
Companheiros de aventura
Vinde comigo viajar
A noite é negra a vida é dura
Não faço gosto em voltar
Dou-te o meu lenço bordado
Quando de ti me apartar
Eu quero ir ao outro lado
Não faço gosto em voltar
O meu dinheiro contado
É para quem me levar
O meu caminho está traçado
Não faço gosto em voltar
Moirar a terra insegura?
Fugir da serra e do mar?
Meus companheiros de aventura
Tudo farei para salvar
(Zeca Afonso)

domingo, 13 de dezembro de 2009

Festas Aquilianas na Lapa



Aquilino Ribeiro é natural do Carregal de Tabosa, no concelho de Sernancelhe, Beira Alta, região cujas características e personagens-tipo perpassam em várias das suas obras. De 1895 a 1900 estudou no Colégio da Lapa. Escreveu mais de 70 obras, das quais destaco "O Romance da Raposa" porque foi o primeiro livro que eu li!
Imagens, textos, e muito mais sobre as Terras do Demo de Aquilino Ribeiro podem ser consultadas no Blog do meu irmão mais novo » http://www.nunocoreia.blogspot.com/

Santuário da Senhora da Lapa




De arquitectura religiosa e barroca foi construído no século XVI. A primitiva capela foi erguida pelos romeiros. No século XVII foram os jesuítas que construíram o Santuário e o Colégio. Na capela-mor do Santuário, situa-se o rochedo milagroso com a imagem da Senhora da Lapa que durante todo o ano e em qualquer altura atrai muitos romeiros. Com a extinção da Companhia de Jesus em 1759, o lugar da Lapa deixou aos poucos de ter o prestígio que teve.O Santuário guarda na capela-mor o rochedo milagroso com a imagem da Senhora da Lapa. De salientar tesouros sem conta oferecidos até por reis e rainhas, a cenografia dos altares da Crucificação e da Morte de S. José, a fortíssima atracção do Presépio implantado no rochedo. O altar de Nossa Senhora da Lapa foi erguido no local onde, segundo a lenda, a pastora Joana encontrou a imagem escondida pelas religiosas. Também o altar da Virgem Adormecida, a Casa dos Milagres, cheia de quadros pintados, balanças pesando meninos de trigo e o lagarto da Lapa. A Senhora da Lapa, em Portugal e Santiago de Compostela, na Espanha, chegaram a ser, em tempos, os dois santuários mais importantes da Península Ibérica.
Segundo uma lenda popular, só os que passam na quelha da Lapa é que vão para o céu! Sobre o pecado da gula não consta comer um queijo de Quintela, torcer o pescoço a um da Lapa (trigo) e beber um copo da Fonte Soito no café Romarias mesmo ao lado do Santuário.

Rio Vouga » Serra da Lapa » Santuário de Nossa Senhora da Lapa

Senhora da Lapa

Nossa Senhora da Lapa
Está na gruta pequenina
A quem lhe reza com Fé
Concede bênção divina

Cabritos

Depois de nascer há que saber viver

Pousar para a fotografia

Na aldeia de Freixeda-do-Torrão, os burros em extinção gostam de pousar para as fotografias. Nesta aldeia, de Figueira de Castelo Rodrigo, podemos visitar o Solar dos Metelos e beber água de nascente da Serra da Marofa. As amendoeiras, oliveiras e vinhas preenchem a paisagem.

Piscina na aldeia

Piscina de Castelo Rodrigo. O calor do verão convida a banhos e a uma visita à aldeia medieval, erguida no topo de uma colina isolada. Esta antiga vila fortificada, guarda vestígios de ocupação humana que remontam ao Paleolítico. Nesta aldeia de Figueira de Castelo Rodrigo existe uma igreja matriz, fundada pelos frades hospitalários em 1192 e dedicada a Nossa Senhora do Rocamador; a cisterna, servida por duas portas, uma gótica e outra mourisca; o pelourinho e o relógio instalado sobre um antigo torreão. Já as ruínas do castelo revelam a raiva da população quando, no final do reinado de Filipe II, incendiou o antigo palácio de Cristóvão de Moura, um dos defensores da legitimidade espanhola por terras lusas.

A horta

Por entre leiras de cebolo, feijão de metro, tomates, abóboras, beterrabas e couves, aprende-se a gostar da terra e a saber de onde vêm os vegetais.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Um jardim entre as rochas


Mesmo que seja no meio das rochas, basta um pedaço de terra e gostar de flores para ser possível embelezar um sítio. As "boas noites" abrem à noite e pintam o jardim!
Bem haja, Ti'Maria Alice ...

Caminhar por um carreio de cabras no Massueime

O rio Massueime é um afluente do rio Côa e a junção deles dá-se no "Lombo do Burro", muito para lá da Quinta do Espinhaço em Cidadelhe. É uma paisagem digna de se ver mas de difícil acesso! Conta a Tia Etelvina, que quando era moça costumava levar uma vara de porcos para aquelas encostas. O Tio Antero viveu mais de 93 anos e contava-me com alguma frequência as suas façanhas por aquelas encostas do Côa, onde plantou muitas amendoeiras e oliveiras. Era o carpinteiro da aldeia, mas a sua arte e sabedoria faziam dele o "Faz Tudo". Que Deus o tenha em bom descanso!

Presépio de Cidadelhe

A palavra “presépio” significa “um lugar onde se recolhe o gado, curral, estábulo”. Contudo, esta também é a designação dada à representação artística do nascimento do Menino Jesus num estábulo, acompanhado pela Virgem Maria, S. José, uma vaca e um burro.

Oliveiras com dono em espaço público


Em Cidadelhe há duas dezenas ou mais de oliveiras que são de particulares, que têm dono, mas que estão no espaço público. A última vez que as oliveiras da 1ª fotografia foram limpas, junto ao centro de recepção do PAVC de Cidadelhe, fui eu o podador, porque os velhotes começam a não ter condições físicas para subirem às oliveiras e o saber não ocupa lugar. Temos de saber aproveitar as lições que os velhotes nos dão, do saber e saber fazer no terreno, transformado em conhecimento acumulado durante uma vida inteira. As Oliveiras, são árvores resistentes que nesta altura do ano são varejadas com varas, de modo a azeitona cair para uns toldes que são colocados em torno da oliveira. Os velhotes contam uma lenga-lenga sobre a oliveira que de momento não me vem à memória, mas uma coisa é certa, o azeite de Cidadelhe é verdadeiramente ouro amarelo que faz a diferença em qualquer prato!

Carrasco branco da geada

Dizem os velhotes da aldeia que a geada é importante para matar os bichos, "fazer" o vinho e na matança do porco era, porque agora já ninguém mata, fundamental para secar o fumeiro!
Há 10 anos atrás, ainda ajudei a matar o porco, a desmanchar e naturalmente a comer umas febras acompanhadas com o vinho de Cidadelhe que é separado na adega cooperativa de Pinhel por ser bom e ter muito grau (13.5º a 14.5º). O problema é que demoram anos e pagam pouco aos agricultores pelas uvas que levam para a adega!

Nevoeiro e Carrascos

Nevoeiro em Cidadelhe na zona do rio côa e da maior mancha de carrascos da aldeia.
O carrasco (Quercus coccifera) é um arbusto de folha persistente e verde o ano inteiro. Atinge, no máximo, 2 m de altura, ainda que, muitas vezes, possam transformar-se numa pequena árvore de 4 ou 5 m. Pode ramificar-se abundantemente desde a base, de forma que os ramos se entrelaçam frequentemente, tornando-o impenetrável.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Pinturas de arte rupestre no núcleo da Faia em Cidadelhe


Em Agosto de 2009, depois de uma tentativa falhada no ano anterior, consegui finalmente encontrar, na zona da Faia Brava em Cidadelhe, estas pinturas do período Paleolítico. Ainda não consegui ver as gravuras, mas, segundo o que me informaram estive muito perto! Será para a próxima. Em contrapartida tive o previlégio de ver os abutres e desfrutar de uma paisagem e silêncio reconfortantes...


Cidadelhe - Porta Sul do PAVC



Centro Difusor e
Pólo de Informação Turística de Cidadelhe

Cidadelhe é a porta Sul do Parque Arqueológico do Vale do Côa.
A partir do centro difusor, situado nas instalações da antiga escola primária de Cidadelhe, os visitantes são convidados a conhecer o núcleo de arte rupestre da Faia, com gravuras e pinturas do período Paleolítico, bem como o património arquitectónico local, com destaque para a Igreja Matriz e Capela de São Sebastião, que apresentam tectos decorados em caixotões pintados. A simplicidade e homogeneidade do casario, as pessoas, as tradições seculares, o encaixado Vale do Côa, habitat de espécies protegidas, a encosta de azinheiras (carrascos), os sobreiros, as oliveiras centenárias, as figueiras, as amendoeiras e o vinho constituem por si só outra atracção ...


Recriação da ceifa em Cidadelhe.
Comemoração do 12º aniversário da criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa

Castelo dos Mouros

Pedra retirada do "Castelo dos Mouros" em Cidadelhe, que remonta à Idade do Ferro e Época Romana.

Tectos decorados em caixotões pintados

Os tectos da Igreja Matriz e da Capela de São Sebastião constituem mais um ponto de atracção na aldeia de Cidadelhe que tem como padroeiro o Santo Amaro.

Festa na aldeia

A última vez que o Pálio saiu numa procissão pelas ruas da aldeia.

Pálio de Cidadelhe com mais de três séculos de história

Cidadelhe guarda o seu Pálio com mais de 300 anos a sete chaves.
José Saramago, Prémio Nobel da Literatura, faz-lhe honras em "Viagens a Portugal".


Abutres na zona do núcleo de arte rupestre da Faia do PAVC em Cidadelhe

O abutre é uma espécie em vias de extinção!

Abutres na zona do núcleo de arte rupestre da Faia em Cidadelhe



A guardarem as gravuras rupestres na zona do núcleo de arte rupestre da Faia em Cidadelhe, existem Abutres imponentes e majestosos que tornam este espaço uma espécie de Santuário.

Rio Côa junto ao núcleo de arte rupestre da Faia em Cidadelhe


O rio Côa cria e deixa as suas marcas pelo seu leito e as suas margens constituem um habitat de espécies faunísticas protegidas.

A minha 1ª fotografia do Rio Côa

Rio Côa junto a Cidadelhe - aldeia do concelho de Pinhel integrada no Parque Arqueológico do Vale do Côa. Nesta zona o rio côa apresenta um vale granítico de encostas íngremes que impele os forasteiros a um passeio pedonal e sem pressas, para desfrutarem das belezas naturais e testemunhos de arte rupestre.